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Saúde

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26 de Maio de 2023

Combate à mortalidade materna requer ações de conscientização e atendimento multidisciplinar às gestantes

Foto: Freepik

Considerado um dos grandes desafios de saúde pública pelas organizações mundiais, o combate à mortalidade materna está entre os principais compromissos assumidos pelo Hospital da Mulher Mariska Ribeiro, referência em saúde da mulher, localizado em Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro.

A instituição, gerenciada pelo CEJAM em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, realiza uma série de práticas no atendimento às gestantes envolvendo as etapas de planejamento familiar, cuidado pré-natal e acesso à informação, que estão entre os fatores mais importantes na redução de óbitos destas pacientes.

De acordo com a pediatra e neonatologista Brunna Grazziotti Milanesi, gerente médica da unidade, essas ações e protocolos estabelecidos pela instituição estão alinhados aos objetivos definidos pelo Ministério da Saúde, que instituiu a data de 28 de maio como o Dia Nacional de Combate à Mortalidade Materna para reforçar a atenção e unir esforços dos setores da saúde e população em geral sobre o tema.

Vale destacar que, segundo os mais recentes dados preliminares do Ministério da Saúde, mapeados pelo Observatório Obstétrico Brasileiro, os casos de óbitos em gestantes registrados em 2021 tiveram aumento de 77% em relação a 2019, ano anterior à pandemia, com RMM (Razão de Mortalidade Materna) de quase 110 mortes a cada 100 mil nascidos vivos.

Diante deste cenário, o Brasil assumiu a meta, junto às Nações Unidas, de reduzir a RMM para 30 mortes a cada 100 mil nascidos vivos até 2030.

Segundo a especialista, essa meta ainda não é a ideal, mas pode ser o começo para uma mudança importante no cenário brasileiro. “Mudar essa realidade requer um trabalho conjunto e contínuo de toda a sociedade”, salienta.

O combate à mortalidade materna no Hospital da Mulher Mariska Ribeiro

Brunna destaca que, no Mariska Ribeiro, são realizadas, mensalmente, cerca de 640 consultas de pré-natal de alto risco, de pacientes referenciadas pela Atenção Primária com maior risco gestacional (para a gestante e para o bebê).

“Entre os principais motivos de encaminhamento para o alto risco estratégico da unidade estão os casos de gemelaridade, pacientes com comorbidades como diabetes, hipertensão, obesidade e pacientes com diagnóstico de doença hemolítica e doenças infectocontagiosas”, explica a médica.

A profissional frisa que também foram implementados protocolos assistenciais como de hemorragia pós-parto e sepse visando melhor qualidade assistencial e redução dos riscos.

Ela reforça a importância de contar com uma equipe multidisciplinar especializada, incluindo obstetra, enfermeiro obstetra, psicóloga, serviço social, endocrinologista e clínica médica para o atendimento dessas pacientes.

“Aqui na unidade a equipe do serviço social e psicologia possui um olhar atento para os casos de maior vulnerabilidade, realizando a busca ativa para atendimento em casos de alta à revelia, violência sexual e abortamentos, além de ficarem à disposição para possíveis demandas durante a internação da paciente”, cita. Segundo ela, esse cuidado humanizado e individualizado pode ser crucial na identificação e eliminação de riscos durante a gestação.

A especialista do CEJAM ainda conta que, para garantir o acesso à informação, todas as gestantes e sua rede de apoio podem realizar uma visita pelo hospital, guiada por um Enfermeiro Obstetra – Programa Cegonha Carioca / Visita Cegonha.

Também são oferecidas reuniões mensais pela equipe multidisciplinar que englobam assuntos como Aleitamento Materno, segurança no parto, direito da mulher e cuidados relacionados à mulher e ao bebê.

“Com o esforço contínuo de todas as equipes, nos últimos 12 meses, não registramos nenhum caso de óbito materno na unidade”, comemora Brunna.

Fonte: Comunicação, Marketing e Relacionamento

Hospital da Mulher Mariska Ribeiro Rio de Janeiro

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